Deputada transfere redes sociais para a mãe e se apresenta como alvo de uma retaliação institucional planejada, visando ampliar sua narrativa política.
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A deputada federal Carla Zambelli fortaleceu sua narrativa de “perseguição política” ao anunciar a transferência das contas oficiais das redes sociais para sua mãe, Rita Zambelli, e declarar seu plano de atuar politicamente no exterior. A mudança ocorre após decisões judiciais que resultaram em sua cassação e condenação.

Zambelli alega que sua permanência nas redes poderia ser bloqueada devido às ações judiciais, e que a transferência garante que sua voz continue ativa, representando mais de 10 milhões de seguidores. Ela afirmou que a estratégia faz parte de uma “herança política” e que quaisquer medidas legais devem mirar em sua mãe — não nela diretamente.

A deputada atribui a ela e ao grupo político a condição de vítimas de uma perseguição que teria raízes em sua atuação investigativa e crítica. No período recente, enfrentou cassação de mandato por desinformação eleitoral, condenação por invasão de sistemas do CNJ e acusações por porte de arma em ato público. Todas as medidas foram recebidas por ela como tentativas coordenadas de silenciamento.

Com a saída do país, Zambelli avisou que pretende continuar atuando politicamente, participando de eventos e reuniões internacionais, buscando apoio em cortes e parlamentos estrangeiros. Segundo ela, o movimento visa “dar visibilidade à causa e denunciar o que chama de cerceamento de liberdade e uso político da Justiça”.

Em paralelo, aliados no Brasil preparam uma mobilização legislativa, citando inquéritos e processos contra ela como prova de um movimento político jurídico direcionado. A narrativa ganhou força graças à blecaute de suas contas políticas — um recurso que ela diz ser um ataque direto à expressão livre.

Críticos, porém, veem a movimentação como uma tática ensaiada para angariar simpatizantes e recursos externos. A transferência das redes e a internacionalização do discurso são vistas como respostas organizadas para contornar decisões judiciais e manter relevância pública — apesar das consequências legais que ainda pesam sob sua carreira política.