Em evento conservador nos EUA, o  presidente Donald Trump afirmou ter respeito por Jair Bolsonaro, negou amizade íntima, mas destacou sua integridade — tudo isso em meio a medidas econômicas como tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Imagem/ Instagram do presidente 

Durante conferência em Dallas, Texas, com líderes conservadores, o presidente dos EUA Donald Trump fez uma declaração que chamou atenção: “Bolsonaro não é meu amigo, mas é um bom homem.” A fala foi acompanhada por uma medida drástica: tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, justificadas por Trump como resposta à “caça às bruxas” enfrentada por Bolsonaro em processos judiciais no Brasil   .

Segundo Trump, Bolsonaro “lutou contra a esquerda radical” e demonstrou valores sólidos, embora os dois nunca tenham desenvolvido uma amizade íntima. “Tivemos conversas respeitosas, mas amizade é outra coisa”, destacou ().

⚖️ Impacto econômico e diplomático

A adoção de tarifas tão elevadas — uma elevação expressiva em relação aos 10% anteriores — teve efeito imediato: a moeda brasileira se desvalorizou e setores-chave como agricultura e aviação foram afetados (). O governo de Luiz Inácio Lula da Silva reagiu reforçando que o Brasil utilizaria mecanismos de reciprocidade previstos em lei, ao mesmo tempo em que procurava o diálogo com empresas americanas afetadas ().

🇧🇷 Repercussão no Brasil

As reações internas foram polarizadas.

Aliados de Bolsonaro enxergaram nas tarifas uma manifestação de apoio político, reforçando a imagem do ex-presidente como defensor de uma agenda conservadora.

Opositores e líderes econômicos alertaram sobre os riscos para setores estratégicos, e viram como armadilha que poderia beneficiar o governo Lula por despertar reações nacionalistas   .

🧭 Estrutura diplomática

Essa manobra foi vista como gesto estratégico de Trump: ele evita ligação pessoal, mas mantém alinhamento ideológico com Bolsonaro. As tarifas atuam como instrumento de pressão política — um aviso ao Brasil para contornar interferências judiciais no âmbito da soberania nacional ().

O episódio evidencia um delicado equilíbrio: apoio sem aliança e crítica sem rompimento — enquanto Trump reforça suas prioridades políticas, Lula projeta o fortalecimento institucional.