Ministro ironiza sanção americana após EUA cancelarem vistos de parte do STF, usando frase clássica de Casablanca; reação ocorre no contexto de tensões bilaterais.

Imagem/ Internet 

Nesta sexta-feira (18), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que os vistos de entrada de Alexandre de Moraes e outros ministros do Supremo Tribunal Federal foram revogados imediatamente, como resposta à operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro. Apenas André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista.

Em reação, um dos magistrados brasileiros — não identificado — enviou ao jornal Valor Econômico uma mensagem carregada de ironia: “Sempre teremos Paris”, fazendo referência à célebre frase do filme Casablanca (1942), em que Humphrey Bogart diz “We’ll always have Paris”. A resposta foi uma forma de minimizar simbolicamente a penalidade americana.

Rubio justificou a medida afirmando que os EUA responsabilizam estrangeiros envolvidos em “perseguição política” que fere a liberdade de expressão  . A operação contra Bolsonaro incluiu busca e apreensão e restrições como tornozeleira eletrônica, toque de recolher e bloqueio de redes sociais — medidas que reverberaram em tensão nas relações bilaterais.

Dos 11 ministros do STF, oito perderam o visto americano: Moraes, Barroso, Gilmar Mendes, Fachin, Cármen Lúcia, Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino  . A defesa dessas medidas argumenta que não acusam periculosidade sobre os mandados, mas criticam vieses políticos e restrições legais.

A frase “Sempre teremos Paris”, portanto, virou um símbolo de resistência brasileira diante de sanções diplomáticas, mostrando que, mesmo diante de medidas que limitam viagens e imagem, há uma postura de resiliência cultural e histórica.