Presidente defende modelo mais adaptável, com menos dias seguidos de trabalho, e destaca participação de universidades, OIT e empresários no debate.
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📷 Imagem: Instagram do presidente |
presidente Lula anunciou nesta sexta-feira (11), durante evento no Espírito Santo, que pretende revisar a chamada jornada 6×1 — seis dias de trabalho seguidos por apenas um de folga. Em seu discurso, ele disse que “a humanidade não quer mais seis por um” e ressaltou a necessidade de criar uma nova escala de trabalho mais flexível, que respeite tempos de descanso, cuidados familiares e bem-estar dos trabalhadores.
Durante a cerimônia de apresentação de iniciativas socioeconômicas no interior, o presidente destacou que o ritmo de trabalho atual, começando muito cedo e estendendo-se até o fim da tarde, causa exaustão. Ele defendeu que a flexibilização deve ser discutida com universidades, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), empresários e sindicatos, incluindo a consulta de jovens trabalhadores.
Essa pauta já vinha ganhando força nas redes sociais e ruas nas últimas semanas, com manifestações pedindo o fim do 6×1. No Congresso, tramita uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê escala de quatro dias por semana ou mecanismos similares para reduzir dias de trabalho consecutivos.
Apesar do apoio popular — mais de 60% da população manifesta concordância com a revisão da jornada —, setores empresariais alertam para possíveis impactos nos custos operacionais e competitividade. A Confederação Nacional do Comércio e outras entidades manifestaram preocupação sobre aumento de encargos e queda na produtividade.
O governo sinalizou que a reforma da jornada 6×1 será prioridade neste ano, com planejamento de estudos e audiências públicas. A proposta ainda encontra resistências, mas já é vista como um passo importante para reequilibrar a vida profissional e pessoal dos brasileiros.