Christopher Landau critica prisão de Bolsonaro e acusa STF de abusos

  • Vice-secretário Christopher Landau

 

O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, soltou o verbo na noite de segunda-feira, 4 de agosto de 2025, e chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de chefe de uma “ditadura judicial” no Brasil. Em um post no X que pegou fogo, Landau detonou a decisão de Moraes que colocou Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, alegando que o ex-presidente foi punido só por criticar o ministro. “Os impulsos orwellianos desenfreados de Moraes estão arrastando o STF e o Brasil pra um território perigoso”, escreveu ele, referindo-se ao controle autoritário que o ministro estaria impondo. A treta internacional explodiu depois que Moraes decretou a medida às 23:47, e agora tá virando um rolo diplomático dos grandes.

O estopim foi a participação de Bolsonaro em videochamadas durante atos bolsonaristas no domingo, 3 de agosto, como o da Avenida Paulista. O deputado Nikolas Ferreira exibiu Bolsonaro ao vivo, desafiando as cautelares que proíbem o ex-presidente de sair de casa nos fins de semana e falar sobre investigações. Moraes viu isso como uma afronta direta e justificou a prisão domiciliar, que vem com tornozeleira eletrônica, apreensão do celular e veto a visitas, exceto advogados ou com autorização do STF. Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, que postaram vídeos do pai nas redes, também foram barrados. “O suposto crime de Bolsonaro? Criticar Moraes, que agora chama isso de ‘obstrução da justiça’”, ironizou Landau, sugerindo que o ministro usa o poder pra silenciar opositores.

A crítica de Landau não veio do nada. Ela vem na esteira das sanções americanas contra Moraes, impostas em 30 de julho via Lei Magnitsky, que congelou seus bens nos EUA e proibiu transações por supostos abusos de direitos humanos, como detenções arbitrárias. Em 18 de julho, o visto de Moraes e de sua família já tinha sido revogado, e o Departamento de Estado agora promete “responsabilizar” quem apoiar o ministro. Donald Trump, que já chamou Moraes de “juiz ativista”, deve estar esfregando as mãos, já que a briga com o Brasil escalou depois das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em julho. Eduardo Bolsonaro, que tá nos EUA fazendo lobby, deve aproveitar o apoio de Landau pra pressionar mais.

No Brasil, a reação foi imediata. Apoiadores de Bolsonaro marcaram atos pra hoje, 5 de agosto, em São Paulo (Avenida Paulista, 15h) e Rio (Praça da Cinelândia, 17h), com faixas pedindo #LiberdadeParaBolsonaro. Parlamentares como Bia Kicis (PL-DF) ecoaram Landau, chamando a decisão de “abuso judicial”, enquanto Gleisi Hoffmann (PT) defendeu Moraes, dizendo que ele protege a democracia. Nas redes, #DitaduraJudicial e #MoraesDitador tavam entre os mais comentados, com vídeos da Paulista somando milhões de views. O governo Lula tá quieto, mas a tensão com os EUA pode explodir, especialmente com a ameaça de novas sanções.

O caso tem raízes na investigação do golpe de 2022, onde Bolsonaro é réu por cinco crimes, incluindo tentativa de derrubar o governo. Moraes, que preside o inquérito, já enfrentou Elon Musk e bloqueou contas no X, mas a crítica de uma autoridade americana como Landau dá um peso novo. Analistas dizem que isso pode forçar o STF a recuar, mas também arriscar retaliações econômicas, como o corte de exportações. O julgamento de setembro tá no radar, e com os EUA entrando no jogo, o Brasil pode virar palco de uma guerra diplomática sem precedentes. A família Bolsonaro planeja um habeas corpus, e o clima tá mais quente do que panela de pressão!