Pressão cresce no Senado após sanções dos EUA e prisão de Bolsonaro.
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Foto: Reprodução internet |
O número de senadores a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, subiu pra 38 nesta terça-feira, 5 de agosto de 2025, segundo dados atualizados pelo site votossenadores.com.br e divulgados pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). A marca, que exige ainda 16 votos pra atingir os 54 necessários pra destituição, reflete a pressão crescente contra Moraes após a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e as sanções dos Estados Unidos. A oposição tá mobilizando a galera nas ruas e nas redes, enquanto o governo Lula tenta segurar a onda, mas o clima tá mais tenso do que nunca.
A escalada começou na noite de segunda, 4 de agosto, quando Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro às 23:47, depois que o ex-presidente foi pego em videochamadas durante atos bolsonaristas no domingo, 3 de agosto, como o da Avenida Paulista. Nikolas Ferreira exibiu Bolsonaro ao vivo, desafiando as cautelares que o proíbem de se manifestar ou sair de casa nos fins de semana. A decisão trouxe tornozeleira eletrônica, apreensão do celular e veto a visitas, exceto advogados ou com aval do STF, deixando Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro de fora. Isso inflamou a base bolsonarista, que viu na medida um ataque direto, e o placar no Senado deu um salto.
Nikolas, que tá na linha de frente da mobilização, confirmou que o senador Efraim Filho (União-PB) foi o mais recente a aderir, elevando o total de 34 pra 38. O placar atual, segundo o site, mostra 19 contrários e 24 indefinidos, mas a oposição acredita que pode dobrar os indecisos com a pressão popular. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) celebrou a marca, dizendo que “o povo tá acordando o Senado”. Ele e outros parlamentares, como Damares Alves (Republicanos-DF), tavam ontem ocupando o plenário do Senado pra forçar a pauta, junto com a anistia aos condenados do 8 de Janeiro. A tática, porém, esbarrou no presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que ainda não pautou o impeachment.
O caso ganhou um gás extra com as sanções dos EUA. Em 30 de julho, o Departamento de Estado aplicou a Lei Magnitsky contra Moraes, congelando seus bens e proibindo transações por supostos abusos, como detenções arbitrárias. O visto de Moraes e da família foi revogado em 18 de julho, e Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em julho, com exceções na semana passada. A crítica de Christopher Landau, vice-secretário de Estado, chamando Moraes de “ditadura judicial”, deu munição pra oposição. Eduardo Bolsonaro, que tá nos EUA fazendo lobby, deve estar por trás dessa pressão, mas Flávio insiste que Trump age por conta própria.
Nas ruas, a resposta foi imediata. Apoiadores marcaram atos pra terça em São Paulo (Avenida Paulista, 15h) e Rio (Praça da Cinelândia, 17h), com #LiberdadeParaBolsonaro e #ImpeachmentMoraes bombando no X. Parlamentares como Bia Kicis (PL-DF) chamaram a decisão de “abuso judicial”, enquanto Gleisi Hoffmann (PT) defendeu Moraes, dizendo que ele protege a democracia. O governo Lula tá quieto, mas a tensão com os EUA pode explodir se novas sanções vierem. Analistas apontam que os 38 votos são um recado forte, mas a falta de maioria (41 pra comissão ou 54 pra destituição) ainda trava o processo. Se Alcolumbre ceder, o impeachment pode virar realidade antes do julgamento de setembro, que tá no radar de todos.