Em retaliação à sanção imposta pelos EUA, o governo Lula anuncia tarifa imediata com efeito econômico e diplomático
O governo brasileiro reagiu com firmeza à sanção dos Estados Unidos oferecendo uma tarifa de 50% sobre uma seleção estratégica de produtos norte-americanos, válida a partir do próximo dia 1.º. A decisão foi anunciada após reunião de emergência com representantes do Itamaraty, Economia e Agricultura — um movimento coordenado visando proteger setores vulneráveis, como tecnologia, agronegócio e indústria automotiva.
Desde o início do ano, os EUA elevaram a taxação sobre exportações brasileiras sob a justificativa de “proteção contra retaliação judicial” — declaração que gerou indignação no país. Agora, em resposta, o Brasil adotou a Lei de Reciprocidade Comercial, mecanismo legal que permite revidar sanções com base na proporcionalidade e equilíbrio diplomático.
O real registrou desvalorização de cerca de 2% frente ao dólar na manhã do anúncio, sinalizando nervosismo de mercado. Especialistas apontam que a medida deve gerar pressões inflacionárias no curto prazo, sobretudo em insumos agrícolas e componentes importados da indústria.
Em pronunciamento oficial, o presidente Lula destacou a importância de defender a soberania nacional. “O Brasil não aceitará pressões externas sem uma resposta à altura”, afirmou. Ele garantiu que novas etapas diplomáticas serão acionadas, como negociação via OCDE e consulta à OMC, além da eventual aplicação de medidas compensatórias internas.
Parlamentares sinalizam apoio à medida, defendendo que ela envia uma mensagem clara de autonomia e que fortalece a posição do país no cenário internacional. Apesar do impacto econômico, a decisão tem o respaldo popular, segundo pesquisas iniciais de opinião, que indicam alto apoio à defesa da economia brasileira.