A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a movimentar os bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (1). Os advogados do ex-chefe do Executivo entregaram ao tribunal novos documentos contestando a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Os documentos apresentados se referem a trechos da colaboração premiada de Cid que, segundo a defesa, contêm “inconsistências e versões manipuladas”. A equipe jurídica de Bolsonaro afirma que o ex-ajudante teria fornecido informações distorcidas, “cheias de contradições”, para tentar garantir os benefícios da delação.
Essa nova ofensiva de Bolsonaro ocorre em meio ao avanço das investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacina e venda irregular de joias recebidas em viagens presidenciais. O nome do ex-presidente aparece em todos esses inquéritos, com base em partes da delação de Cid.
Segundo a defesa, os trechos entregues ao STF mostram que Cid teria alterado versões anteriores dadas à Polícia Federal, sugerindo que estaria sob pressão ou mesmo tentando incriminar Bolsonaro para se livrar de punições mais severas.
O caso adiciona mais uma camada de tensão ao já delicado cenário político-jurídico em que Bolsonaro se encontra. Além dos processos em curso, o ex-presidente também é alvo de críticas de aliados que cobram uma defesa mais firme e transparente, enquanto opositores pedem sua prisão imediata.
A decisão agora está nas mãos do STF, que deve avaliar se as alegações da defesa são suficientes para reverter o peso da delação de Mauro Cid ou se as investigações continuarão baseadas nos relatos do ex-auxiliar.
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